AS PERGUNTAS MAIS COMUNS QUANTO A MAMOPLASTIA DE AUMENTO

 1) COMO FICARÃO MINHAS NOVAS MAMAS, EM RELAÇÃO AO TAMANHO E CONSISTÊNCIA?

R: As mamas terão seu volume aumentado através da cirurgia, melhorando sua consistência e forma com a intervenção cirúrgica. Assim é que, neste caso, pode-se escolher o novo volume, pois se dispõe de vários tamanhos de próteses de silicone a serem introduzidas. A mama, assim operada, passará por vários períodos evolutivos no período imediato, apesar das mamas se apresentarem com aspecto bastante melhorado, sua forma e volume ainda estão aquém do resultado planejado. Lembre-se desta observação: NENHUMA MAMA SERÁ “PERFEITA” NO PÓS-OPERATÓRIO IMEDIATO. O resultado final se dará entre o 3º até o 18º mês. Tem grande importância no resultado final, o grau de elasticidade da pele das mamas, bem como o volume da prótese introduzida. O equilíbrio entre ambos varia de caso para caso.

2) COMO ESCOLHO O TAMANHO DAS PROTESES?

R: A escolha do tamanho das próteses é a parte mais difícil do planejamento cirúrgico, pois temos que analisar diversos fatores como o tamanho da paciente, o tamanho do tórax, a quantidade de pele e de tecido mamário pré-existentes, a elasticidade da pele, sendo alguns deles subjetivos como o que a paciente deseja com esta cirurgia. O cirurgião após a conversa inicial e o exame físico sugere o tamanho que ele julga adequado a cada caso. Porém a responsabilidade pela escolha do tamanho da prótese é da paciente, que aceita ou não a sugestão do medico. A prótese colocada será a escolhida pela paciente.

3) O PÓS-OPERATÓRIO DESTA CIRÚRGICA É DOLOROSO?

R: Geralmente NÃO. Este pós-operatório é bastante confortável, desde que você obedeça às instruções médicas. Eventualmente poderá ocorrer manifestação dolorosa, que facilmente cederá com os analgésicos receitados pelo seu médico. Evite a automedicação.

4) HÁ PERIGO NESTA OPERAÇÃO?

R: Todo ato médico inclui no seu bojo, um risco variável e a Cirurgia Plástica, como parte da Medicina, não é exceção. Pode-se minimizar o risco, preparando-se convenientemente cada paciente, mas não eliminá-lo completamente. É importante também salientar que, este procedimento deve sempre ser realizado por cirurgiões plásticos habilitados (verifique se o seu cirurgião tem titulo de especialista emitido pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, única sociedade capacitada para expedição de tal titulo no site www.cirurgiaplastica.org.br), não devendo ser realizadas em consultórios e sim em hospitais devidamente equipados para intervir em qualquer intercorrência que por ventura venha a ocorrer. Quando realizada por cirurgião plástico habilitado, em hospitais equipados e em pacientes saudáveis, este é um procedimento com índice de complicações muito baixo.

5) QUAL O TIPO DA ANESTESIA UTILIZADA?

R: Na grande maioria dos casos utilizamos a anestesia local com sedação, porém em determinados casos a anestesia geral poderá ser indicada, esta escolha é feita pelo medico anestesiologista, que é o especialista neste tipo de procedimento de acordo com critérios clínicos de segurança para a paciente.

6) QUANTO TEMPO DURA O ATO CIRÚRGICO?

R: Em média de 60 minutos. Entretanto, o tempo de ato cirúrgico não deve ser confundido com o tempo de permanência do paciente no ambiente de Centro Cirúrgico, pois, esta permanência envolve também o período de preparação anestésica e recuperação pós-operatória. Seu médico poderá lhe informar quanto ao tempo total.

7) QUAL O PERÍODO DE INTERNAÇÃO?

R:Em geral a paciente tem alta no mesmo dia da cirurgia. Raramente a paciente necessita dormir no hospital, a não ser em caso de associação desta com outro procedimento cirúrgico.

8) COMO SÃO FEITOS OS CURATIVOS?

R: A ferida cirúrgica demora 48 horas para estar totalmente impermeável a água e aos microrganismos contidos nela.
Quando utilizados curativos impermeáveis (filme de PVC) pode-se tomar banho normalmente, desde que não se retire o curativo nestas primeiras 48 horas.
-Neste caso não é preciso realizar nenhum cuidado especifico com a ferida cirúrgica neste período (primeiras 48 horas).
-No terceiro dia a paciente deverá retirar o curativo e lavar a ferida no banho, com agua corrente e sabonete neutro.

-secar a ferida com secador de cabelos, com vento frio.

-Passar Merthiolate (clorexidina) sobre a cicatriz (pode ser em forma de spray ou liquida, porem neste caso jamais usar o aplicador (“pazinha”) que vem na tampa de alguns produtos, utilizar uma gaze ou algodão)

– Colocar um absorvente de mama ( utilizados na amamentação). Absorventes comuns, tipo Carfree costumam, com muita frequência, causar reações alérgicas quando utilizados sobre a ferida.

– utilizar o soutien para ajudar a fixar o absorvente no local. Não recomendo o uso de esparadrapo, pois mesmo os antialérgicos, comumente causam reações alérgicas, provocando bolhas (semelhantes a queimaduras) que podem deixar cicatrizes nos locais.

Caso não seja utilizado curativo impermeável, deve-se proceder da seguinte forma:

-A ferida cirúrgica não deve ser lavada com água nas primeiras 48 horas. Neste período deve-se utilizar apenas soro fisiológico e merthiolate.  Após esse período, seguir as orientações descritas acima.

Caso ocorra abertura de pontos ou outra intercorrência, informe seu médico, pois ele pode esclarecer sobre curativos e uso de medicações adequadas

9) QUANDO SÃO RETIRADOS OS PONTOS?

R: Geralmente são utilizados pontos que são retirados entre o 7 e o 15 dia pós-operatório.

10) QUAL A EVOLUÇÃO PÓS-OPERATÓRlA?

R: Você não deve se esquecer que, até que se atinja o resultado almejado, as mamas passarão por diversas fases (vide itens 1 e 5). Se lhe ocorrer a preocupação no sentido de “desejar atingir o resultado definitivo antes do previsto”, não faça disto motivo de sofrimento: tenha a devida paciência, pois seu organismo se encarregará espontaneamente de dissipar todos os transtornos imediatos que, infalivelmente chamarão a atenção de alguma pessoa que não se furtará à observação: – SERÁ QUE ISTO VAI DESAPARECER MESMO?

É evidente que toda e qualquer preocupação de sua parte deverá ser transmitida ao seu médico, que lhe dará os esclarecimentos necessários para sua tranqüilidade.

11) QUAIS AS COMPLICAÇÕES MAIS COMUNS NESTE TIPO DE CIRURGIA?

R: A complicação mais comum é a contratura capsular (ocorre o endurecimento e perda do formato das mamas por contratura da capsula que envolve a prótese, sendo necessária a remoção desta capsula e na maioria das vezes também da prótese) outras complicações seriam, por exemplo: Ruptura da prótese, hematoma, seroma (acumulo de liquido junto à prótese), infecção, deiscência da sutura (abertura de pontos) todas estas raras e de resolução relativamente simples. Complicações mais graves como Trombose venosa profunda e fenômenos tromboembólicos são extremamente raros neste tipo de cirurgia, mas mesmo assim todos os cuidados para evitá-los serão tomados, tornando-os ainda mais raros. Cabe ressaltar, que é possível diminuir consideravelmente o risco, mas impossível afasta-lo totalmente, ou seja, por mais cuidado que se tome, sempre existira o risco de complicações..

12) A CIRURGIA DE AUMENTO DAS MAMAS DEIXA CICATRIZES, ONDE ELAS SE LOCALIZAM?

R:· Felizmente, esta cirurgia permite-nos colocas as cicatrizes bastante disfarçadas, o que é muito conveniente nos primeiros meses onde estas cicatrizes devido ao processo normal da cicatrização ficam mais grossas e avermelhadas. A cicatriz só chega ao seu resultado final em torno do 18º mês.

As Cicatrizes podem ser feitas em diferentes locais, as mais comuns são a periareolar (na metade inferior da aréola), no sulco inframamário (pólo inferior da mama), porém ainda existem técnicas onde as cicatrizes podem ser axilares, ou transareolomamilar (no meio da aréola e do mamilo). Na maioria dos casos a nossa preferência é a realização da técnica periareolar

13) COMO FICARÃO AS CICATRIZES?

R: As cicatrizes terão as localizações já explicadas e são planejadas para ficarem o  mais disfarçadas possível sob as roupas, e passarão por vários períodos de evolução, como se segue:

a – PERÍODO IMEDIATO: Vai até o 30º dia e apresenta-se com aspecto pouco visível. Alguns casos apresentam discreta reação aos pontos ou ao curativo.

b – PERÍODO MEDIATO: Vai do 30º dia até o 12º mês. Neste período haverá espessamento natural da cicatriz, bem como mudança de sua cor. Este período é o menos favorável da evolução cicatricial; como não podemos apressar o processo natural da cicatrização, recomendamos às pacientes que aguardem, pois o período tardio se encarregará de diminuir os vestígios cicatriciais.

c – PERÍODO TARDIO: Vai do 12º ao 18º mês. Neste período, a cicatriz começa a tornar-se mais clara e menos consistente atingindo, assim, o seu aspecto definitivo. Qualquer avaliação do resultado definitivo da cirurgia do abdome deverá ser feita após este período. Raros casos ultrapassam este período para atingir a maturação definitiva da cicatriz.

14) OUVI DIZER QUE ALGUMAS PACIENTES FICAM COM CICATRIZES MUITO VISÍVEIS?

R: Certas pacientes apresentam tendência à cicatrização hipertrófica ou ao quelóide. Essa tendência, entretanto, poderá ser avaliada, até certo ponto, durante a consulta inicial. Pessoas de pele negra têm maior predisposição ao quelóide ou à cicatriz hipertrófica, entretanto, isto não é uma regra absoluta. A análise das cicatrizes prévias nos facilitará o prognóstico cicatricial, porém é impossível prever a ocorrência ou não este tipo de cicatrização. O fato de se ter uma cicatriz boa ou um quelóide não significa que a próxima cicatriz se comportara da mesma forma. Este tipo de complicação depende exclusivamente da cicatrização da paciente e não dos cuidados tomados pela equipe cirúrgica.

15) EXISTE CORREÇÃO PARA AS CICATRIZES HIPERTRÓFICAS E QUELÓIDES?

R: Vários recursos clínicos e cirúrgicos nos permitem melhorar tais cicatrizes inestéticas. Não se deve confundir, entretanto, o “período mediato” da cicatrização normal (do 30º dia até o 12º mês) como sendo uma complicação cicatricial.  As cicatrizes hipertróficas podem ser tratadas através de procedimentos ancilares (ambulatoriais) desde o seu surgimento, porém o tratamento cirúrgico destas so é recomendado após o 18º mês ao contrario dos quelóides que podem ser tratados cirurgicamente mais cedo.

16) O QUE É TROMBOSE? ISTO PODE OCORRER NA MINHA CIRURGIA?

R: A trombose venosa profunda (TVP) é uma doença causada pela formação de um trombo (coágulo sanguíneo) dentro de um vaso (veia), o que pode resultar em bloqueio do sangue, impedindo-o de fluir através deste vaso.  Seus principais sintomas são edema e dor.

Nossa principal preocupação é que pode acontecer deste coagulo se desprender e se movimentar na corrente sanguínea, este fenômeno é chamado de embolia. Em uma embolia o coagulo pode ficar preso no cérebro, nos pulmões, no coração ou em outra área, levando a lesões graves e até mesmo a morte.

A trombose ocorre devido a três fatores:  1) Alguma anormalidade da coagulação (hipercoagulabilidade), 2) Lesão da parede do vaso sanguíneo (trauma, infecção,…) 3) Diminuição da velocidade do fluxo sanguíneo.

Como na cirurgia o(a) paciente fica muito tempo em repouso, tanto durante a sua realização, quanto no período de recuperação pós-operatória, a cirurgia acaba sendo mais um fator de risco para desenvolvimento de Trombose.

17) EXISTE ALGUM MÉTODO PREVENTIVO PARA EVITAR QUE EU TENHA TROMBOSE NO PÓS-OPERATÓRIO?

R: Sim. Existem medidas profiláticas que visam diminuir o risco de se desenvolver esta patologia. Porém é bom esclarecer que todas as medidas apenas diminuem o risco, não sendo possível eliminar totalmente o risco de se desenvolver uma Trombose ou uma Embolia.

Esta prevenção é feita através da utilização de uma tabela de analise dos fatores de risco para o aparecimento de trombose. Para cada fator de risco encontrado, são atribuídos pontos e de acordo com a pontuação final, o risco de se desenvolver trombose é classificado em baixo, médio e alto.

De acordo com o risco de se desenvolver trombose o cirurgião opta por tomar medidas profiláticas, que podem ser divididas em clinicas ( uso de bota de pressão intermitente, massagem, deambulação precoce, uso de meias elásticas,…) ou medicamentosas (uso de anticoagulantes).

Porém algumas destas medidas também podem cursar com complicações, como por exemplo o uso de anticoagulantes pode levar a hemorragias, por isso temos que analisar o risco de se desenvolver trombose e o risco de se desenvolver hemorragias para decidir em qual caso devemos tomar quais medidas.

Por este motivo, não existe uma regra a ser usada na prevenção da trombose em todas as pacientes. O cirurgião tem que analisar cada paciente, para decidir qual o melhor método que se aplica.

18) EU TOMO HORMÔNIOS (ANTICONCEPCIONAL, REPOSIÇÃO HORMONAL) POSSO CONTINUAR USANDO?

R: É recomendado que se pare o uso destes hormônios, pelo menos 10 dias antes da realização da cirurgia. Porém seu uso não impede que se realize o procedimento cirúrgico.

O Anticoncepcional é um dos fatores responsáveis pelo desenvolvimento dos fenômenos tromboembólicos (trombose e embolia) e a suspensão do seu uso diminui significativamente a ocorrência de tais problemas.

Caso a paciente opte em não parar de tomar, tem que saber que estará com risco aumentado de trombose, sendo neste caso, extremamente importante que a relate ao cirurgião que esta usando esta medicação.

19) EU FUMO, ISTO PODE PREJUDICAR A CIRURGIA? QUANTO TEMPO DEVO FICAR SEM FUMAR?

R: SIM. O cigarro é um dos principais responsáveis pelo aparecimento de complicações cirúrgicas. Acarretando em problemas tanto durante a cirurgia, quanto no pós-operatório.

Dentre estas complicações, podemos citar: Pneumonia, trombose, embolia, necrose de pele, deficiência da cicatrização, abertura de pontos. Além destas inúmeras outras complicações cirúrgicas podem ser causadas pelo fumo.

A suspensão do cigarro, para que diminua significativamente a chance destas complicações deve ser feita com 30 dias de antecedência. O ideal que que a paciente não fume até o 30º dia de pós-operatório, pois neste período o fumo aumenta bastante a chance de queloides e cicatrizes hipertróficas.

Caso a paciente opte por não parar de fumar, a cirurgia poderá sim, ser realizada, mas ela tem que estar ciente que esta aumentando e muito o risco de complicações e de resultados indesejados.

Caso a paciente opte por não parar de fumar, ou por parar por um período inferior ao recomendado é de extrema importância, que ela relate ao cirurgião a verdade, para que possamos tomar alguns outros cuidados com intuito de tentar minimizar o risco.

Mesmo que não pare de fumar pelo tempo recomendado, parar por um tempo menor, ou apenas diminuir a quantidade de cigarros fumados, não elimina, mas diminui o risco de complicações.

20) O DIAGNOSTICO DO CANCER DE MAMA FICA PREJUDICADO COM AS PRÓTESES?

R: Não, a prótese de mama não prejudica o diagnostico do câncer de mama, nem a avaliação de nódulos que surjam no decorrer da vida da paciente. Hoje em dia já é possível inclusive fazer mamografia em pacientes portadoras de próteses mamarias, só devendo avisar antes da realização deste exame, para que se use a técnica adequada.

21) NO CASO DE NOVA GRAVIDEZ, A AMAMENTAÇÃO FICA PREJUDICADA? E O RESULTADO FICARÁ PREJUDICADO?

R: A prótese de mama não exerce influencia sobre a amamentação. Quanto ao resultado, poderá ser preservado ou não. Assim como uma pessoa que não possui prótese nas mamas, ela pode evoluir ou não com flacidez após a amamentação.

22) É NECESSARIO TROCAR ESTAS PRÓTESES?

R: Não existe um período de duração determinado para as próteses mamarias mais modernas.

Não existe mais aquela recomendação de trocar as próteses de 10 em 10 anos.

Hoje em dia o consenso é que as próteses só devem ser trocadas caso ocorra algum tipo de complicação que faça este procedimento ser necessário. A incidência destas ocorrências é bastante baixa, A maioria das pacientes ficará com as próteses o resto da vida, porém tem que se saber que sempre haverá a possibilidade de alguma intercorrência que faça necessário a troca do implante.